o estrangeiro

há algum tempo, venho me sentindo sem casa, como um cidadão do mundo, e com isso, sinto uma saudade que eu não sei dizer de onde é. uma vontade que eu não sei de quê. penso, que pode ser de uma sensação de segurança, proteção, de amor. desde muito pequeno sinto uma esquisita sensação. é uma vontade que vem do fundo do peito e que me faz, sempre, querer ir além de onde estou, de romper fronteiras. essa vontade cresce a cada dia, sem parar. há momentos, que ela toma forma e força e consegue me levar pela mão por caminhos desconhecidos. dentro do mundo, identifiquei meu papel, e ele é solitário. vendo as imagens e símbolos coletivos produzidos, sinto uma certa vontade de participar, de estar envolvido nesse meio, mas, como meu papel de clandestino foi escolhido, e é ele mesmo o que eu quero. seguirei em frente, à margem. perdido en el corazón, de la grande babylon.