Num sopro

Embala a saia igual cirandeira
Curva as costas e quase fraqueja
Aspira a fumaça e logo esbraveja
Encontra um osso e quebra a cabeça
Rasteja no chão feito uma lesma.

Não sabe
Não sabe

Versos malvados e inchados joelhos
Mentira escancarada de vida inventada
É noite acordada é dia embolado
Resposta falseada verdade aceita
Baila baila e depois fala.

Não sabe
Não sabe
Vítima
Do conto poema.