O seu lugar impermanente

O primeiro deste ano abre as descobertas dos olhos atentos de quem tenta ver até enxergar. É verdade que ensaio um grito sobre as perguntas que atravessam o caminhar. São tantas que me calo sem saber qual balbuciar pela boca rouca de tanto cantar. São três as voltas que o mundo mostra quando quero chamar quem me ouve e tem pulso pra fazer girar. Sei algumas coisas outras preciso imaginar e quem sabe um dia alcanço a intenção de poder relaxar. Meus passos são mais lentos que meu pensar e agora onde estou é onde mesmo queria estar. Pode ser onde a alegria impera com tais cores misturadas entre meus pesares. É que bem sei e talvez possa até comentar que foi quando eu soube de ti que pude acreditar. Tem muita fumaça no querer bem entre as escolhas que eu faço em cada experimentar. Busco baixo e salto no alto com as pernas de quem ousa suspirar. Está bem próximo é o que me disseram ao acordar e eu acreditei como quem crê no esperar. A vontade de pedalar talvez seja mesmo meu direito de sonhar. Amanhã no meu acordar de ouvidos bem ligeiros ousarei me confortar nas ondas que um dia duvidei por não querer conflitar. Há uma borboleta brilhante insistindo em pousar na instabilidade do meu suar dia a dia pra poder fixar. Pensei ser tarde nas ruas de tempos outros que reconheço quando encontro outras vozes que me inspiram a acalmar. Quero a vida que posso conceber entre as roupas cheirosas que lavo no sol a queimar. Por entre as paisagens que agora completam meu olhar e quem sabe amanhã eu consiga aprofundar tais belezas que me envolvem em braços e abraços que acalmam meu respirar.

Hoje vou descansar.