as lágrimas nas costas

fiquei à sombra de um caos incorporado,
quando puxei meu próprio tapete, tentando me esconder.
caída, busquei desculpas que me fizessem não crer 
e fechei meu peito com cadeado de chumbo,
enganando-me, assim, antes de tudo.

pra sobreviver, alimentei-me de restos ditos sinceros
e sabotei minhas mãos com luvas de latex.
sem sentir, afundei-me e escorregadia fui bem fundo nessa lama,
até já não respirar e nem sentir as pernas.
anulei meu gozo na tentativa inútil e burra
de confiscar meu poder de viver, o amor.

e hoje, revejo meus erros, em tons cinzas, de outros espelhos,
relembro dores, sinto-as novamente, e agora, encaro-as com certa folga.
curvo minhas costas, que de cansada, chora
e revejo que não fui o que realmente queria ser.
descubro os véus que me esconderam de mim
e tento, nesse momento, regar em meu peito, aquilo que um dia, quase matei.

a(c)alma

o que me interessa é o percurso... ah o vento nos cabelos!

totalmente populista

ah ah ah ah! ah ah ah ah! ah ah ah ah! a banda vai passar contando letras, cantando palavras, frases, canções que te levará, nos levarão... e levados seremos leves, numa onda de salmar redemuninho. identifique-se?

um pouco mais

e toda vez que eu penso em ir
freio numa quase marcha ré
que me deixa no mesmo lugar
e talvez um pouco mais distante...

ensaio

e hoje, eu resolvi não sair daqui, fiquei. confesso que pensei, em ti e assim te senti. expressão. tirei a fantasia que me fez mais respeitoso, ontem, e também digo oso porque o bigode me fez perceber, que talvez, seja um sentir-matriz-moldado. impressão identificada e a cera, que na verdade, é cálculo. oh que trama! que drama! entre-laços entrelaçados, lembrei de ti novamente, e dessa vez foi por tabela. revolucionei-nou, liderei-rou, até o fim. colas e pelos, um grude que com gelo e papel, resolveu.

ah! carnaval!

sim, eu precisava cuidar do meu coração, afinal, eu tenho tantos sonhos aqui dentro. agora, fica aquela dúvida de quando ele retornará àquele estado de pedra, de antigamente. já deu de moleza, bicho! sim, eu tenho pressa... tabom, tabom, eu peço calma! um suspiro antes de seguir. um espirro e um  soluço de repulsa ou freio ou também curva, que te pede um cavalinho de pau. à esquerda, num melhor ângulo. é verdade, é verdade, o mar não está pra peixe. engana-se quem de fora quer nadar.

ah! devolva minha vida!

e eu pude,
dessa maneira,
te fazer um bem...